quarta-feira, 9 de maio de 2012

Irmãs Carmelitas estão concorrendo no concurso da letra do hino da JMJ



     As irmãs Carmelitas, da Arquidiocese de Porto Alegre, também estão participando da JMJ, concorrendo no concurso da letra do hino da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013.
     Quem compartilha um pouco disso tudo é a Irmã Agnes de Jesus, formadora de noviças, que já possui 12 anos de Carmelo e 7 anos de consagração solene. “As Irmãs Carmelitas Descalças de Porto Alegre estão participando ativamente da JMJ unindo suas preces e orações às de numerosos jovens no mundo inteiro, e também participando no concurso da letra do hino da Jornada. É uma alegria para nós poder estar concretamente presente neste santo evento e doar-nos o mais possível, com especiais orações, preces e sacrifícios para que muitíssimos jovens tenham seus corações afervorados em Jesus, nosso tudo!", disse.
Com certeza a oração delas nos anima ainda mais e nos enche de força para esta caminhada rumo à JMJ Rio 2013. Que belo testemunho!
     Os trabalhos para o concurso da letra do hino da JMJ já estão sendo selecionados e em breve será feita, pela Comissão Organizadora Central da JMJ Rio 2013, a divulgação dos cinco finalistas no site oficial. Vamos torcer para que a letra das nossas Irmãs Carmelitas esteja entre as finalistas.

por: Vanessa Justen
Mov.Regnum Christi 

domingo, 6 de maio de 2012

Reportagem da ZH: Jovens da Igreja Católica optam pela castidade até o casamento

O que era visto como uma característica de religiões protestantes e evangélicas começa a ser resgatado também na Igreja Católica

      Se estivesse entre nós, Santa Maria Goretti teria motivos para comemorar. A padroeira da castidade viveria a honra de, em pleno século 21, acompanhar relatos de jovens católicos que abdicaram do sexo. Nada imposto. Só até o casamento.

     Os pais dessa linhagem, nascida em grande parte na década de 1980, brigaram pela liberdade sexual e comemoraram a invenção da pílula anticoncepcional. Agora assistem a seus filhos perseguirem condutas antigas, como a castidade.

    Não se trata só de virgindade. Os depoimentos pertencem a casais variados: desde o que chegou intato ao altar até o que experimentou o sexo e resolveu interromper em decorrência dos valores cristãos. Eles pertencem a grupos distintos da mesma religião. Em comum, a busca por explicações na fé para manter viva a castidade.

— Há mais abertura para falar no assunto, partindo da própria igreja. Acredito que sejamos os primeiros frutos dessa nova geração — diz o sociólogo Matheus Ayres.

     A repaginação parece ter dado certo. Em Porto Alegre, a aproximação do jovem é constatada pelo padre Márcio Augusto Lacoski. Ele conta que 19 movimentos juvenis somando 3,5 mil integrantes foram contabilizados na cidade em 2011. A estimativa do sacerdote é de que tenha mais do que dobrado do ano passado para cá.

— Nem todos se abriram para a castidade, mas ver essa adesão aumentando é uma grata surpresa — destaca o padre.

     No Litoral Norte, também há um forte movimento. O padre Gibrail Walendorff, pároco de Xangri-Lá, até se surpreende:

— Dos casamentos que tenho realizado, metade dos noivos se diz casta.

     Lidar com o espanto do próximo perante à condição casta é um dom que eles desenvolveram, assim como o autocontrole. Luciane Peres que o diga. Tem 21 anos e frequenta um curso pré-vestibular. Os amigos, no auge da zombaria, já descobriram que a menina é virgem. Fazem piadas sacanas. Ela tira de letra.

     Ter um namoro casto não significa deixar de curtir a juventude. Reúnem-se entre amigos, convivem com os familiares. Resolveram apenas aquietar os hormônios e esperar o altar para entregar aquilo que lhes é mais íntimo: o corpo.

— Fui com uma amiga a uma boate, tomamos umas tequilas, ficamos alegres e comecei a dançar até o chão. Ela virou pra mim e disse: “credo, tu, de CLJ, toda puritana, dançando desse jeito” — diverte-se Patrícia de Oliveira, 24 anos, casada há um ano com Pedro Seadi, 28 anos.

     Os dois optaram pela abstinência após quatro anos de namoro — metade com experiência sexual.

— Transar é prazeroso. Mas se privar, merece respeito. Até por que sucumbir para satisfazer o desejo pode ser até pior. É comum carregar o trauma de ter violado a regra e vincular o ato à sujeira — explica a ginecologista e sexóloga Jaqueline Brendler, diretora da Associação Mundial de Saúde Sexual.

Há truques para evitar intimidade

     Na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, o teólogo Jorge Claudio Ribeiro discorda que haja esse interesse todo pela religião. Aplicou questionários em 2,3 mil universitários e descobriu que a religião está em sexto e último lugar na lista de importância na vida deles. Ribeiro acredita que essa convicção é comum entre os que não têm opções de cultura.

     O que dizer desse grupo de estudantes, universitários, bacharéis? Clístenes Fernandes descobriu a sua vocação em um intercâmbio na Europa:

— A igreja não proíbe, educa para a sexualidade, com a pessoa que tu escolheu para dividir a tua vida — conta o rapaz, de casamento marcado para setembro com Luise Silva, 24 anos.

     Eles têm os seus macetes. Assistir a filmes debaixo do edredom, nem pensar. Dormir de conchinha ou amassos estão fora do script.

— A ocasião faz o ladrão. Não tinha por que ficarmos nos provocando se estávamos certos da nossa escolha — diz Paula Sordi, 23 anos, recém-casada com Jefferson Sordi, 24 anos.

     A concordância é geral: a castidade é uma virtude que só funciona se não for impositiva. E para quem quiser entender os motivos, a não ser que acredite no sobrenatural, na fé, não terá êxito. Eles não fazem isso para serem diferentes ou para virar assunto. Acreditam no amor de Deus, querem vivê-lo plenamente. E ponto.

 

Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2012/05/jovens-da-igreja-catolica-optam-pela-castidade-ate-o-casamento-3749564.html