terça-feira, 30 de agosto de 2011

Bento XVI anuncia lema da próxima JMJ 2013 no Rio

“Ide e evangelizai todos os povos”

CASTEL GANDOLFO, quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O Papa Bento XVI anunciou hoje, ao término da audiência geral realizada no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, o lema escolhido para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) do Rio de Janeiro.

O lema foi tirado da passagem evangélica de Mateus 28, 19: “Ide e fazei discípulos todos os povos”. A JMJ do Rio será realizada entre os dias 23 e 28 de julho de 2013, segundo informa L'Osservatore Romano.

O lema escolhido pelo Papa sublinha o caráter missionário da próxima JMJ, como já anunciou o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, na coletiva de imprensa realizada em Madri imediatamente depois do encerramento da JMJ 2011.

O Papa também anunciou o lema da JMJ do próximo ano que, como é tradição, será realizada nas dioceses no Domingo de Ramos de 2012: “Estai sempre alegres no Senhor!”, tirado da Carta aos Filipenses (4, 4). “Desde já, confio à oração de todos a preparação destes importantes encontros”, disse o Papa aos fiéis reunidos no pátio de Castel Gandolfo.


Fonte: http://www.zenit.org/article-28689?l=portuguese

domingo, 21 de agosto de 2011

Cerimônia de despedida do Papa Bento XVI na Espanha

O Papa sentiu-se muito bem na Espanha
21/08/2011 19.24.31
 

 
(21/8/2011) No fim da tarde deste domingo, Bento XVI despediu-se de Madrid onde, a partir de quinta feira, presidiu as celebrações conclusivas da jornada mundial da juventude 2011. -Foram palavras sentidas, de profunda gratidão e satisfação pessoal, as que Bento XVI pronunciou no aeroporto, no momento da despedida. “O Papa sentiu-se muito bem na Espanha” – declarou, dirigindo-se em primeira pessoa ao rei D. Juan Carlos, assegurando-lhe que também os jovens protagonistas desta JMJ foram muito acolhidos em Madrid como em tantas outras localidades espanholas visitadas. A todos e a cada um, Bento XVI agradeceu o acolhimento e colaboração oferecidos: para além do Rei Juan Carlos, as Autoridades nacionais, autonômicas e locais, os milhares de voluntários, as Forças de Segurança e da Ordem, bem como quantos colaboraram em variados serviços: música e liturgia, transporte, cuidados sanitários, abastecimento.
“A Espanha é uma grande nação, que, numa convivência salutarmente aberta, plural e respeitadora, sabe e pode progredir sem renunciar à sua alma profundamente religiosa e católica. Manifestou-o uma vez mais nestes dias, ao aplicar a sua capacidade técnica e humana num empreendimento de tanta importância e futuro, como é este que facilita à juventude mergulhar as suas raízes em Jesus Cristo, o Salvador.”
Bento XVI agradeceu também aos organizadores da Jornada: ao Cardeal Rylko e a todo o pessoal do Conselho Pontifício para os Leigos, e ao Cardeal Arcebispo de Madrid, com os Bispos Auxiliares e toda a arquidiocese; nomeadamente o Coordenador Geral da Jornada. Referido também a “solicitude e abnegação” com que os bispos, nas respectivas dioceses, contribuíram para a preparação desta JMJ, com todos os outros agentes de pastoral. Finalmente, um grande obrigado aos jovens que se deslocaram a Madrid, “pela sua participação alegre, entusiasta e vigorosa”. “Obrigado e parabéns pelo testemunho que destes em Madrid e no resto das cidades espanholas onde estivestes. Convido-vos agora a difundir por todos os cantos do mundo a feliz e profunda experiência de fé que vivestes neste nobre País”.
O Papa pediu-lhes que transmitissem a sua alegria “especialmente a quantos teriam querido participar e que pelas mais diversas circunstâncias não o puderam fazer”. Com a vossa solidariedade e testemunho, ajudai os vossos amigos e companheiros a descobrirem que amar Cristo é viver em plenitude – propôs Bento XVI.
“Deixo a Espanha feliz e agradecido a todos, mas sobretudo a Deus, Nosso Senhor, que me permitiu celebrar esta Jornada repleta de graça e emoção, carregada de dinamismo e esperança. Sim, a festa da fé que compartilhamos permite-nos olhar em frente com muita confiança na Providência, que guia a Igreja pelos mares da história; por isso permanece jovem e cheia de vitalidade, mesmo enfrentando árduas situações.”

Bento XVI agradece os 14.000 voluntários pelo seu trabalho.



Madrid, 21 ago 2011 .- O Santo Padre expressou sua gratidão aos 14.000 voluntários de todo o mundo pelo seu trabalho e dedicação nesta Jornada Mundial da Juventude, realizada em Madrid com uma cerimônia de despedida em IFEMA.
 


Antes de partir para Roma ele disse: "Com o vosso serviço, conferistes à Jornada Mundial a fisionomia da amabilidade, da simpatia e da dedicação aos outros". (leia o texto na integra em www.vatican.va)


Rio de Janeiro sede da JMJ de 2013

21/08/2011 11.53.52

(21/8/2011) No final da celebração, como habitualmente aos domingos, recitou-se o Angelus. Na breve alocução pronunciada nesta circunstância, o Papa pediu aos jovens que transmitam aos outros a sua estima:  “Nestes dias, quanto pensei naqueles jovens que aguardam o vosso regresso! Transmiti-lhes a minha estima, particularmente aos mais desfavorecidos, e também às vossas famílias e às comunidades de vida cristã a que pertenceis.
Não faltou um muito obrigado do Papa aos tantos bispos e padres presentes nesta JMJ, recomendando-lhes que promovam uma apropriada pastoral juvenil: Não posso deixar de vos confessar que estou verdadeiramente impressionado com o número de Bispos e sacerdotes presentes nesta Jornada. Agradeço-lhes a todos do fundo da alma, animando-lhes, ao mesmo tempo, a continuar cultivando a pastoral juvenil com entusiasmo e dedicação.
De entre as saudações finais nas diversas línguas, ouçamos a que o Papa dirigiu aos jovens lusófonos: “Queridos jovens e amigos de língua portuguesa, encontrastes Jesus Cristo! Sentir-vos-eis em contra-corrente no meio duma sociedade onde impera a cultura relativista que renuncia a buscar e a possuir a verdade. Mas foi para este momento da história, cheio de grandes desafios e oportunidades, que o Senhor vos mandou: para que, graças à vossa fé, continue a ressoar a Boa Nova de Cristo por toda a terra. Espero poder encontrar-vos daqui a dois anos, na próxima Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, Brasil. Até lá, rezemos uns pelos outros, dando testemunho da alegria que brota de viver enraizados e edificados em Cristo. Até breve, queridos jovens! Que Deus vos abençoe!”
Já depois do Angelus, e antes da bênção final, Bento XVI pronunciou mais algumas palavras, recordando nomeadamente o grave acidente aéreo ocorrido no aeroporto de Madrid há precisamente três anos, exprimindo a sua “solidariedade espiritual” e “sentido afeto” a todos os que foram atingidos por aquela desgraça, como também aos familiares dos defuntos, encomendando as suas almas à misericórdia de Deus.
A concluir, a entrega da Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude aos jovens do Rio de Janeiro, sede da próxima JMJ, em 2013.  “Compraz-me agora anunciar que a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013, será o Rio de Janeiro. Peçamos ao Senhor, desde já, que assista com a sua força quantos hão-de pô-la em marcha e aplane o caminho aos jovens do mundo inteiro para que possam voltar a reunir-se com o Papa naquela bonita cidade brasileira”.
No momento em que os jovens de Espanha entregam aos do Brasil a cruz das Jornadas Mundiais da juventude, Bento XVI quis, como Sucessor de Pedro, confiar a todos os presentes uma “insigne incumbência”: “Levai o conhecimento e o amor de Cristo ao mundo inteiro. Ele quer que sejais os seus apóstolos no século XXI e os mensageiros da sua alegria. Não O desiludais! Muito obrigado!”
No final da missa, Bento XVI abençoou e entregou uma pequena cruz, a cinco jovens, que é oferecida, ao mesmo tempo, a todos os presentes, como sinal de envio missionário.
(Texto intergal em Viagens Apostolicas)


sábado, 20 de agosto de 2011

Os jovens do mundo preparam-se para viver uma noite intensa de oração e festa

   

Madrid, 20 de Agosto de 2011 – A partir das duas e meia da tarde, em Madri, começaram a chegar peregrinos ao Aeródromo de Cuatro Vientos. Num ambiente de festa e grande alegria, começaram a arranjar lugar para poder seguir de perto a Vigília, junto ao Papa.
Debaixo do movimento de bandeiras de todos os países, os peregrinos cantavam e dançavam com alegria, enquanto esperavam a chegada de Bento XVI. Entretanto, distintos grupos musicais, procedentes de todos os cantos do mundo, iam animando as horas de espera. Também Javi Nieves e Pulpo, apresentadores da Cadena 100, se dirigiram a todos os presentes recomendando que se hidratassem e desfrutassem ao máximo este momento.
O intenso calor da primeira hora da tarde não impediu os assistentes da Vigília de pensar que vale a pena todo o esforço e de desfrutar da passagem de caminhões dos bombeiros, que refrescavam os peregrinos com água. “É algo realmente incrível, somos muitas nações unidas por uma só razão: Jesus Cristo”, comenta Ana Paulo. Esta brasileira veio desde o Rio de Janeiro juntamente com um numeroso grupo.
A partir do cenário principal não deixou de se recordar todos os jovens que, por distintos motivos, não puderam acudir a esta JMJ Madrid 11. Eles também fazem parte desta grande festa da fé e estarão presentes nas orações de todos os peregrinos desta Vigília.



Veja o vídeo da preparação para a vigilia com o Papa Bento XVI


Leia o discurso do Santo Padre na preparação para a vigília em: http://www.vatican.va/

SANTA MISSA COM OS SEMINARISTAS

O Santo Padre presidiu uma missa na catedral de Santa María la Real de la Almudena, com mais de 4500 jovens seminaristas de todo o mundo.


Leia a homilia do Santo Padre aos seminaristas em português: http://www.vatican.va/

Fotos de nosos peregrinos na JMJ




sexta-feira, 19 de agosto de 2011

VIA-SACRA COM OS JOVENS


ALOCUÇÃO DO PAPA BENTO XVI

Praça de Cibeles, Madrid
Sexta-feira, 19 de Agosto de 2011
  


Queridos jovens!
Com piedade e fervor, celebramos esta Via-Sacra, acompanhando Cristo na sua Paixão e Morte. As reflexões das Irmãzinhas da Cruz, que servem aos mais pobres e desvalidos, facilitaram-nos a entrada nos mistérios da gloriosa Cruz de Cristo, que encerra a verdadeira sabedoria de Deus, aquela que julga o mundo e quantos se crêem sábios (cf. 1 Cor 1, 17-19). Neste itinerário para o Calvário, ajudou-nos também a contemplação destas imagens extraordinárias do patrimônio religioso das dioceses espanholas. São imagens onde se harmonizam a fé e a arte para chegar ao coração do homem e convidá-lo à conversão. Quando é límpido e autêntico o olhar da fé, a beleza coloca-se ao seu serviço e é capaz de representar os mistérios da nossa salvação a ponto de nos tocar profundamente e transformar o nosso coração, como sucedeu a Santa Teresa de Ávila ao contemplar uma imagem de Cristo coberto de chagas (cf. Livro da Vida, 9, 1).
À medida que íamos avançando com Jesus até chegar ao cimo da sua entrega no Calvário, vinham-nos à mente as palavras de São Paulo: «Cristo amou-me e a Si mesmo Se entregou por mim» (Gal 2, 20). À vista de um amor assim desinteressado, cheios de admiração e reconhecimento perguntamo-nos agora: Que havemos nós de fazer por Ele? Que resposta Lhe daremos? São João no-lo diz claramente: «Foi com isto que conhecemos o amor: Ele, Jesus, deu a sua vida por nós; assim também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos» (1 Jo 3, 16). A paixão de Cristo incita-nos a carregar sobre os nossos ombros o sofrimento do mundo, com a certeza de que Deus não é alguém distante ou alheio ao homem e às suas vicissitudes; pelo contrário, fez-Se um de nós «para poder padecer com o homem, de modo muito real, na carne e no sangue (…). A partir de lá entrou em todo o sofrimento humano alguém que partilha o sofrimento e a sua suportação; a partir de lá propaga-se em todo o sofrimento a con-solatio, a consolação do amor solidário de Deus, surgindo assim a estrela da esperança» (Spe salvi, 39).
Queridos jovens, que o amor de Cristo por nós aumente a vossa alegria e vos anime a permanecer junto dos menos favorecidos. Vós que sois tão sensíveis à idéia de partilhar a vida com os outros, não passeis ao largo quando virdes o sofrimento humano, pois é aí que Deus vos espera para dardes o melhor de vós mesmos: a vossa capacidade de amar e de vos compadecerdes. As diversas formas de sofrimento, que foram desfilando diante dos nossos olhos ao longo da Via-Sacra, são apelos do Senhor para edificarmos as nossas vidas seguindo os seus passos e para nos tornarmos sinais do seu conforto e salvação. «Sofrer com o outro, pelos outros; sofrer por amor da verdade e da justiça; sofrer por causa do amor e para se tornar uma pessoa que ama verdadeiramente: estes são elementos fundamentais de humanidade, o seu abandono destruiria o mesmo homem» (Ibid., 39).
Oxalá saibamos acolher estas lições e pô-las em prática. Com tal finalidade, olhemos para Cristo, suspenso no duro madeiro, e peçamos-Lhe que nos ensine esta misteriosa sabedoria da cruz, graças à qual vive o homem. A cruz não foi o desfecho de um fracasso, mas o modo de exprimir a entrega amorosa que vai até à doação máxima da própria vida. O Pai quis amar os homens no abraço do seu Filho crucificado por amor. Na sua forma e significado, a cruz representa esse amor do Pai e de Cristo pelos homens. Nela reconhecemos o ícone do amor supremo, onde aprendemos a amar o que Deus ama e como Ele o faz: esta é a Boa Nova que devolve a esperança ao mundo.
Voltemos agora os nossos olhos para a Virgem Maria, que nos foi entregue por Mãe no Calvário, e supliquemos-Lhe que nos apóie com a sua amorosa proteção no caminho da vida, particularmente quando passarmos pela noite da dor, para conseguirmos permanecer como Ela firmes ao pé da cruz. Muito obrigado.

ENCONTRO COM JOVENS RELIGIOSAS E JOVENS PROFESSORES UNIVERSITARIOS



Leia o discurso do Santo Padre as jovens religiosas em: http://www.vatican.va
Leia o discurso do Santo Padre aos jovens professores universitário em: http://www.vatican.va/

Diário de viagem dos Peregrinos - 3


Diário de viagem:
Quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Oi pessoal, estou ha horas num locutório e não consigo baixar as nossas fotos na missa de abertura! Minha câmera descarregou e aqui não são todas as tomadas que posso usar pra carregar a maquina e celular!


JMJ 2011: O início de uma grande festa

Carregando as bandeiras dos seus países, cantando pelas ruas, gritando “Benedicto” e trocando lembrancinhas. Foi assim que os mais de 600 mil jovens do mundo inteiro se dirigiram para a Praça Cibelles, no centro de Madri, para participar da missa de abertura da JMJ 2011 ontem a noite. A missa presidida pelo cardeal Antonio Maria Rouco Varela, arcebispo de Madri e presidente do Comite Organizador Local da JMJ, que contou com cerca de 400 bispos e 2500 sacerdotes, foi dedicada liturgicamente ao beato João Paulo II e fez um convite para que os jovens assim como disse São Paulo no tema da XXVI JMJ vivam “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé”.

A capital espanhola está vivendo uma grande festa desde o inicio do mês de agosto, mas somente ontem foi realizada a abertura oficial da jornada. Ate o final de semana são esperados que passem por aqui mais de dois (2) milhões de jovens peregrinos. A maioria das pessoas só começa a chegar mais próximo ao fim de semana, por ocasião da vinda do papa estar prevista somente para amanha as 16h e a noite já haverá o primeiro encontro dos jovens com ele!

Unidos em oração, firmes na fé!
Por Karla Nery



Fotos da JMJ

Fotos diversas da JMJ



 

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

DISCURSO DO PAPA BENTO XVI

Praça de Cibeles, Madrid
Quinta-feira, 18 de Agosto de 2011
  
Queridos jovens amigos!
Agradeço as carinhosas palavras que me dirigiram os jovens representantes dos cinco continentes. Com afeto, saúdo a todos vós que estais aqui congregados - jovens da Oceania, África, América, Ásia e Europa – e também a quantos não puderam vir. Sempre vos tenho muito presente e rezo por vós. Deus concedeu-me a graça de vos poder ver e vos ouvir mais de perto, e de nos colocarmos juntos à escuta da sua Palavra.
Na leitura que há pouco foi proclamada, ouvimos uma passagem do Evangelho onde se fala de acolher as palavras de Jesus e de as pôr em prática. Há palavras que servem apenas para entreter, e passam como o vento; outras instruem, sob alguns aspectos, a mente; as palavras de Jesus, ao invés, têm de chegar ao coração, radicar-se nele e modelar a vida inteira. Sem isso, ficam estéreis e tornam-se efêmeras; não nos aproximam d’Ele. E, deste modo, Cristo continua distante, como uma voz entre muitas outras que nos rodeiam e às quais estamos habituados. Além disso, o Mestre que fala não ensina algo que aprendeu de outros, mas o que Ele mesmo é, o único que conhece verdadeiramente o caminho do homem para Deus, pois foi Ele que o abriu para nós, que o criou para podermos alcançar a vida autêntica, a vida que sempre vale a pena viver em todas as circunstâncias e que nem mesmo a morte pode destruir. O Evangelho continua explicando estas coisas com a sugestiva imagem de quem constrói sobre a rocha firme, resistente às investidas das adversidades, contrariamente a quem edifica sobre a areia, talvez numa paisagem paradisíaca, poderíamos dizer hoje, mas que se desmorona à primeira rajada de ventos e fica em ruínas.
Queridos jovens, escutai verdadeiramente as palavras do Senhor, para que sejam em vós «espírito e vida» (Jo 6, 63), raízes que alimentam o vosso ser, linhas de conduta que nos assemelham à pessoa de Cristo, sendo pobres de espírito, famintos de justiça, misericordiosos, puros de coração, amantes da paz. Escutai-as frequentemente cada dia, como se faz com o único Amigo que não engana e com o qual queremos partilhar o caminho da vida. Bem sabeis que, quando não se caminha ao lado de Cristo, que nos guia, extraviamo-nos por outra sendas como a dos nossos próprios impulsos cegos e egoístas, a de propostas lisonjeiras mas interesseiras, enganadoras e volúveis, que atrás de si deixam o vazio e a frustração.
Aproveitai estes dias para conhecer melhor a Cristo e inteirar-vos de que, enraizados n’Ele, o vosso entusiasmo e alegria, os vossos anseios de crescer, de chegar ao mais alto, ou seja, a Deus, têm futuro sempre assegurado, porque a vida em plenitude já habita dentro do vosso ser. Fazei-a crescer com a graça divina, generosamente e sem mediocridade, propondo-vos seriamente a meta da santidade. E, perante as nossas fraquezas, que às vezes nos oprimem contamos também com a misericórdia do Senhor, sempre disposto a dar-nos de novo a mão e que nos oferece o perdão no sacramento da Penitência.
Edificando-a sobre a rocha firme, a vossa vida será não só segura e estável, mas contribuirá também para projetar a luz de Cristo sobre os vossos coetâneos e sobre toda a humanidade, mostrando uma alternativa válida a tantos que viram a sua vida desmoronar-se, porque os alicerces da sua existência eram inconsistentes: a tantos que se contentam com seguir as correntes da moda, se refugiam no interesse imediato, esquecendo a justiça verdadeira, ou se refugiam em opiniões pessoais em vez de procurar a verdade sem adjetivos.
Sim, há muitos que, julgando-se deuses, pensam que não têm necessidade de outras raízes nem de outros alicerces para além de si mesmo. Desejariam decidir, por si sós, o que é verdade ou não, o que é bom ou mau, justo ou injusto; decidir quem é digno de viver ou pode ser sacrificado nas aras de outras preferências; em cada momento dar um passo à sorte, sem rumo fixo, deixando-se levar pelo impulso de cada instante. Estas tentações estão sempre à espreita. É importante não sucumbir a elas, porque na realidade conduzem a algo tão fútil como uma existência sem horizontes, uma liberdade sem Deus. Pelo contrário, sabemos bem que fomos criados livres, à imagem de Deus, precisamente para ser protagonistas da busca da verdade e do bem, responsáveis pelas nossas ações e não meros executores cegos, colaboradores criativos com a tarefa de cultivar e embelezar a obra da criação. Deus quer um interlocutor responsável, alguém que possa dialogar com Ele e amá-Lo. Por Cristo, podemos verdadeiramente consegui-lo e, radicados n’Ele, damos asas à nossa liberdade. Porventura não é este o grande motivo da nossa alegria? Não é este um terreno firme para construir a civilização do amor e da vida, capaz de humanizar todo homem?
Queridos amigos, sede prudentes e sábios, edificai as vossas vidas sobre o alicerce firme que é Cristo. Esta sabedoria e prudência guiará os vossos passos, nada vos fará tremer e, em vosso coração, reinará a paz. Então sereis bem-aventurados, ditosos, e a vossa alegria contagiará os outros. Perguntar-se-ão qual seja o segredo da vossa vida e descobrirão que a rocha que sustenta todo o edifício e sobre a qual assenta toda a vossa existência é a própria pessoa de Cristo, vosso amigo, irmão e Senhor, o Filho de Deus feito homem, que dá consistência a todo o universo. Ele morreu por nós e ressuscitou para que tivéssemos vida, e agora, junto do trono do Pai, continua vivo e próximo a todos os homens, velando continuamente com amor por cada um de nós.
Confio os frutos desta Jornada Mundial da Juventude à Santíssima Virgem, que soube dizer «sim» à vontade de Deus e nos ensina, como ninguém, a fidelidade ao seu divino Filho, que acompanhou até à sua morte na cruz. Meditaremos tudo isto mais pausadamente ao longo das diversas estações da Via-Sacra. Peçamos para que o nosso «sim» de hoje a Cristo seja também, como o d’Ela, um «sim» incondicional à sua amizade, no fim desta Jornada Mundial e durante toda a nossa vida. Muito obrigado!

Fonte:http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/speeches/2011/august/documents/hf_ben-xvi_spe_20110818_accoglienza-giovani2-madrid_po.html
FESTA DE ACOLHIMENTO DOS JOVENS
SAUDAÇÃO INICIAL DO PAPA BENTO XVI

Praça de Cibeles, Madrid
Quinta-feira, 18 de Agosto de 2011


Queridos jovens amigos!
É uma alegria imensa encontrar-me aqui convosco, no centro da bela cidade de Madrid, cujas chaves o Senhor Alcaide teve a amabilidade de me entregar. Hoje é também a capital dos jovens do mundo, para qual se voltam os olhos da Igreja inteira. O Senhor congregou-nos aqui para vivermos nestes dias a bela experiência da Jornada Mundial da Juventude. Com a vossa presença e participação nas celebrações, o nome de Cristo ressoará por todos os cantos desta ilustre cidade. E rezamos para que a sua mensagem de esperança e de amor tenha eco também no coração daqueles que não crêem ou se afastaram da Igreja. Muito obrigado pelo estupendo acolhimento que me dispensastes ao entrar na cidade, sinal da vossa estima e proximidade ao Sucessor de Pedro. 
Saúdo o Senhor Cardeal Estanislau Rylko, Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, e os seus colaboradores neste Dicastério, reconhecido por todo o trabalho realizado. De igual modo agradeço ao Senhor Cardeal António Maria Rouco Varela, Arcebispo de Madrid, pelas suas amáveis palavras e o esforço da sua arquidiocese, juntamente com as restantes dioceses da Espanha, para preparar esta Jornada Mundial da Juventude, para a qual se trabalhou com generosidade também noutras Igreja particulares do mundo inteiro. Agradeço às autoridades nacionais, autonómicas e locais a sua amável presença e a sua generosa colaboração para o bom andamento deste grande acontecimento. Obrigado aos Irmãos no Episcopado, aos sacerdotes, seminaristas, pessoas consagradas e fieis que estão aqui presentes e vieram para acompanhar os jovens na vivência destes dias intensos de peregrinação ao encontro de Cristo. A todos saúdo cordialmente no Senhor e repito que é uma grande felicidade encontrar-me aqui com todos vós. Que a chama do amor de Cristo nunca se apague nos vossos corações.
Saudação em francês
Queridos jovens francófonos, correspondestes numerosos ao apelo do Senhor para O vir encontrar em Madrid. Parabéns! Bem-vindos à Jornada Mundial da Juventude! Trazeis dentro de vós questões, e procurais respostas. É bom não parar de procurar. Procurai sobretudo a Verdade que não é uma ideia, nem uma ideologia nem um slogan, mas uma Pessoa, Cristo, o próprio Deus vindo ao meio dos homens! Tendes razão em querer radicar n’Ele a vossa fé, querer fundar a vossa vida em Cristo. Ele vos ama desde sempre e conhece melhor do que ninguém. Possam estes dias, ricos de oração, de ensinamento e de encontros, ajudar-vos a descobri-Lo ainda mais para melhor O amardes. Que Cristo vos acompanhe durante este tempo forte, em que iremos, todos juntos, celebrá-Lo e rezar-Lhe.
Saudação em inglês
Estendo uma saudação afectuosa aos numerosos jovens de língua inglesa vindos a Madrid. Possam estes dias de oração, amizade e celebração estreitar-nos uns aos outros e ao Senhor Jesus. Mantende a confiança na palavra de Cristo como alicerce da vossa vida! Enraizados e edificados n’Ele, firmes na fé e abertos ao poder do Espírito, encontrareis o vosso lugar no plano de Deus e enriquecereis a Igreja com os vossos dons. Rezemos uns pelos outros, para podermos ser jubilosas testemunhas de Cristo, hoje e sempre. Deus vos abençoe a todos!
Saudação em alemão
Caros amigos de língua alemã! Saúdo todos vós. Estou contente com a vossa presença tão numerosa. Nestes dias, queremos juntos professar, aprofundar e transmitir a nossa fé em Cristo. Experimentamos mais uma vez: é Ele que verdadeiramente dá o sentido da nossa vida. Abramos o coração a Cristo. E que Ele nos concede um tempo cheio de felicidade e de graças em Madrid.
Saudação em italiano
Queridos jovens italianos! Com grande afecto, vos saúdo e me alegro com a vossa participação numerosa e animada pela alegria da fé. Vivei estes dias com espírito de intensa oração e fraternidade, dando testemunho da vitalidade da Igreja na Itália, das paróquias, associações, movimentos. Partilhai com todos esta riqueza. Obrigado!
Saudação em português
Queridos jovens dos diversos países de língua oficial portuguesa e quantos vos acompanham, bem-vindos a Madrid! A todos saúdo com grande amizade e convido a subir até à fonte eterna da vossa juventude e conhecer o protagonista absoluto desta Jornada Mundial e – espero – da vossa vida: Cristo Senhor. Nestes dias, ouvireis pessoalmente ressoar a sua Palavra. Deixai que esta Palavra penetre e crie raízes nos vossos corações, e sobre ela edificai a vossa vida. Firmes na fé, sereis um elo na grande cadeia dos fiéis. Não se pode crer sem ser amparado pela fé dos outros, e pela minha fé contribuo também para amparar os outros na fé. A Igreja precisa de vós, e vós precisais da Igreja.
Saudação em polaco
Saúdo os jovens vindos da Polónia, concidadãos do Beato João Paulo II, o iniciador das Jornadas Mundiais da Juventude. Alegro-me pela vossa presença aqui em Madrid! Desejo-vos dias estupendos, dias de oração e de consolidação da vossa união com Jesus. Que vos guie o Espírito de Deus.

fonte: http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/speeches/2011/august/documents/hf_ben-xvi_spe_20110818_accoglienza-giovani1-madrid_po.html
No primeiro discurso em Espanha, Bento XVI apela a «respeitosa convivência com outras legítimas opções» e exige «o devido respeito» pelas dos católicos

18/08/2011 14.06.03
(18/8/2011) Majestades,
Senhor Cardeal Arcebispo de Madrid,
Senhores Cardeais,
Venerados Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio,
Distintas Autoridade Nacionais, Autonómicas e Locais,
Querido povo de Madrid e da Espanha inteira!

Obrigado, Majestade, pela sua presença aqui, juntamente com a Rainha, e pelas palavras deferentes e amigas de boas-vindas que me dirigiu. Palavras que me fazem reviver as inesquecíveis demonstrações de simpatia recebidas nas minhas anteriores visitas apostólicas a Espanha, e de modo muito particular na minha recente viagem a Santiago de Compostela e a Barcelona. Saúdo cordialmente todos vós que vos encontrais reunidos aqui em Barajas, e quantos acompanham esta cerimônia através do rádio e da televisão. Uma menção muito agradecida desejo fazer aos que com tanto zelo e dedicação, nas instituições eclesiais e civis, contribuíram com o seu esforço e trabalho para que esta Jornada Mundial da Juventude em Madrid decorra em boa ordem e se cubra de abundantes frutos.
Desejo também agradecer de todo o coração a hospitalidade de tantas famílias, paróquias, colégios e outras instituições que acolheram os jovens vindos de todo o mundo, primeiro nas diversas regiões e cidades da Espanha e agora nesta grande cidade de Madrid, cosmopolita e sempre de portas abertas.
Venho aqui para me encontrar com milhares de jovens de todo o mundo, católicos, interessados por Cristo ou à procura da verdade que dê sentido genuíno à sua existência. Chego como Sucessor de Pedro para confirmar todos na fé, vivendo alguns dias de intensa atividade pastoral para anunciar que Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida. Para animar o compromisso de construir o Reino de Deus no mundo, no meio de nós. Para exortar os jovens a encontrarem-se pessoalmente com Cristo Amigo e assim, radicados na sua Pessoa, converterem-se em seus fiéis seguidores e valorosas testemunhas.
Esta multidão de jovens que veio a Madrid… porque e para que vieram? Embora a resposta deva ser dada por eles próprios, pode-se entretanto pensar que desejam escutar a Palavra de Deus, como lhes foi proposto no lema para esta Jornada Mundial da Juventude, de tal maneira que, arraigados e edificados em Cristo, manifestem a firmeza da sua fé.
Muitos deles talvez tenham ouvido a voz de Deus apenas como um leve sussurro, que os impeliu a procurá-Lo mais diligentemente e a partilhar com outros a experiência da força que tem na suas vidas. Esta descoberta do Deus vivo revigora os jovens e abre os seus olhos para os desafios do mundo onde vivem, com as suas possibilidades e limitações. Vêem a superficialidade, o consumismo e o hedonismo imperantes, tanta banalidade na vivência da sexualidade, tanto egoísmo, tanta corrupção. E sabem que, sem Deus, seria difícil afrontar estes desafios e ser verdadeiramente felizes, colocando para isso todo o entusiasmo na consecução duma vida autêntica. Mas, com Ele a seu lado, terão luz para caminhar e razões para esperar, não se detendo nem mesmo diante dos ideais mais altos, que hão-de motivar os seus generosos compromissos para a construção de uma sociedade onde se respeite a dignidade humana e uma efetiva fraternidade. Aqui, nesta Jornada, têm uma ocasião privilegiada para colocar em comum as suas aspirações, trocar reciprocamente a riqueza das suas culturas e experiências, animar-se mutuamente num caminho de fé e de vida, no qual alguns se julgam sozinhos ou ignorados nos seus ambientes quotidianos. Mas não! Não estão sozinhos. Muitos da sua idade partilham os mesmos propósitos deles e, confiando inteiramente em Cristo, sabem que têm realmente um futuro à sua frente e não temem os compromissos decisivos que preenchem toda a vida. Por isso me dá imensa alegria poder escutá-los, rezarmos juntos e celebrar a Eucaristia com eles. A Jornada Mundial da Juventude traz-nos uma mensagem de esperança, como uma brisa de ar puro e juvenil, com aromas renovadores que nos enchem de confiança face ao amanhã da Igreja e do mundo.
Não faltam, certamente, dificuldades. Subsistem tensões e confrontos em aberto em muitos lugares do mundo, inclusive com derramamento de sangue. A justiça e o sublime valor da pessoa humana facilmente se curvam a interesses egoístas, materiais e ideológicos. Não sempre se respeita, como é devido, o meio ambiente e a natureza, que Deus criou com tanto amor. Além disso, muitos jovens olham com preocupação para o futuro diante da dificuldade de encontrar um trabalho digno, ou por terem perdido o emprego, ou por ser este muito precário. Há outros que precisam de prevenção para não cair na rede das drogas, ou de uma ajuda eficaz, caso desgraçadamente já tenham caído nela. Há muitos que, por causa da sua fé em Cristo, são vítimas de discriminação, que gera o desprezo e a perseguição, aberta ou dissimulada, que sofrem em determinadas regiões e países. Molestam-lhes querendo afastá-los d’Ele, privando-os dos sinais da sua presença na vida pública e silenciando mesmo o seu santo Nome. Mas, eu volto a dizer aos jovens, com todas as forças do meu coração: Que nada e ninguém vos tire a paz; não vos envergonheis do Senhor. Ele fez questão de fazer-se igual a nós e experimentar as nossas angústias para levá-las a Deus, e assim nos salvou.
Neste contexto, é urgente ajudar os jovens discípulos de Jesus a permanecerem firmes na fé e a assumirem a maravilhosa aventura de anunciá-la e testemunhá-la abertamente com a sua própria vida. Um testemunho corajoso e cheio de amor pelo homem irmão, ao mesmo tempo decidido e prudente, sem ocultar a própria identidade cristã, num clima de respeitosa convivência com outras legítimas opções e exigindo ao mesmo tempo o devido respeito pelas próprias.
Majestade, ao renovar-lhes o meu agradecimento pelas deferentes boas-vindas que me proporcionaram, desejo exprimir também o meu apreço e proximidade a todos os povos de Espanha, bem como a minha admiração por um País tão rico de história e cultura, pela vitalidade da sua fé, que frutificou em tantos santos e santas de todas as épocas, em numerosos homens e mulheres que, deixando a sua terra, levaram o Evangelho a todos os cantos do mundo, e em pessoas retas, solidárias e bondosas por todo o seu território. Trata-se de um grande tesouro, que vale a pena, sem dúvida, cuidar com atitude construtiva, para o bem comum de hoje e para oferecer um horizonte luminoso ao porvir das novas gerações. Embora atualmente haja motivos de preocupação, maior é a solicitude dos espanhóis pela sua superação com esse dinamismo que os caracteriza e para o qual contribuem imenso as suas profundas raízes cristãs, muito fecundas ao longo dos séculos.
Daqui saúdo com grande cordialidade todos os queridos amigos espanhóis e madrilenos, e quantos vieram de outras terras. Durante estes dias estarei junto de vós, mas tendo também muito presente todos os jovens do mundo, particularmente os que atravessam provações de diversa índole. Ao confiar este encontro à Santíssima Virgem Maria e à intercessão dos Santos protetores desta Jornada, peço a Deus que abençoe e proteja sempre os filhos da Espanha. Muito obrigado.
fonte: http://www.radiovaticana.org/por/articolo.asp?c=513391

Bento XVI à sua chegada a Madrid, para a JMJ 2001

Ajudar os jovens a viver e testemunhar abertamente a fé, num clima de respeitosa convivência com outras legítimas opções: Bento XVI à sua chegada a Madrid, para a JMJ 2001
18/08/2011 12.42.36
“Venho para me encontrar com milhares de jovens de todo o mundo, católicos, interessados por Cristo ou que procuram a verdade que dê um sentido genuíno à sua existência” – declarou Bento XVI, no aeroporto de Barajas, à sua chegada a Madrid para participar na JMJ que ali decorre desde terça-feira à tarde.

“Chego como Sucessor de Pedro para confirmar todos na fé, vivendo alguns dias de intensa actividade pastoral para anunciar que Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida. Para animar o compromisso de construir o Reino de Deus no mundo, no meio de nós. Para exortar os jovens a encontrarem-se pessoalmente com Cristo Amigo e assim, radicados na sua Pessoa, converterem-se em seus fiéis seguidores e valorosas testemunhas.”

Evocando o lema desta JMJ – “Enraizados em Cristo, firmes na fé”, o Papa referiu a situação daqueles jovens que ouviram já de algum modo descobriram o Deus de Jesus Cristo e que desejam conhecê-lo melhor e partilhar com outros jovens o que essa descoberta representa:

“Esta descoberta do Deus vivo revigora os jovens e abre os seus olhos para os desafios do mundo onde vivem, com as suas possibilidades e limitações. Vêem a superficialidade, o consumismo e o hedonismo imperantes, tanta banalidade na vivência da sexualidade, tanto egoísmo, tanta corrupção. E sabem que, sem Deus, seria difícil afrontar estes desafios e ser verdadeiramente felizes, colocando para isso todo o entusiasmo na consecução duma vida autêntica.”

Reconhecendo que “não faltam dificuldades”, Bento XVI elencou uma série de situações e preocupações, no vasto horizonte do mundo inteiro: “Subsistem tensões e confrontos em aberto em muitos lugares do mundo, inclusive com derramamento de sangue. A justiça e o sublime valor da pessoa humana facilmente se curvam a interesses egoístas, materiais e ideológicos. Não sempre se respeita, como é devido, o meio ambiente e a natureza, que Deus criou com tanto amor. Além disso, muitos jovens olham com preocupação para o futuro diante da dificuldade de encontrar um trabalho digno, ou por terem perdido o emprego, ou por ser este muito precário. Há outros que precisam de prevenção para não cair na rede das drogas, ou de uma ajuda eficaz, caso desgraçadamente já tenham caído nela.”

Também no que diz respeito à profissão da fé cristã, não faltam dificuldades. Ainda o Papa: “Há muitos que, por causa da sua fé em Cristo, são vítimas de discriminação, que gera o desprezo e a perseguição, aberta ou dissimulada, que sofrem em determinadas regiões e países. Molestam-nos querendo afastá-los d’Ele, privando-os dos sinais da sua presença na vida pública e silenciando mesmo o seu santo Nome”.

“Mas, eu volto a dizer aos jovens, com todas as forças do meu coração: Que nada e ninguém vos tire a paz; não vos envergonheis do Senhor. Ele fez questão de fazer-se igual a nós e experimentar as nossas angústias para levá-las a Deus, e assim nos salvou.”

Neste contexto, Bento XVI sublinhou ainda a urgência de “ajudar os jovens discípulos de Jesus a permanecerem firmes na fé” e a assumirem “a aventura de a anunciar e testemunhar abertamente com a sua própria vida”. “Um testemunho corajoso e cheio de amor” (disse o Papa), “ao mesmo tempo decidido e prudente, sem ocultar a própria identidade cristã”, mas, naturalmente, “num clima de respeitosa convivência com outras legítimas opções e exigindo ao mesmo tempo o devido respeito pelas próprias”.

fonte: http://www.radiovaticana.org/por/Articolo.asp?c=513334



Bento XVI já está em Madrid, acolhido no aeroporto de Barajas pelo rei Juan Carlos

18/08/2011 11.02.46
(18/8) A chegada ao aeroporto madrileno de Barajas teve lugar, como previsto às 12 horas. A acolher o Papa, junto à escada do avião, estavam o rei Juan Carlos com a rainha Sofia, e o arcebispo de Madrid, D. António Maria Rouco Varela.
Participam também na cerimónia de boas-vindas autoridades civis (do governo central, da Comunidade autónoma de Madrid e da Câmara municipal), assim como os cardeais espanhóis, os bispos da comissão permanente da Conferência episcopal e os bispos da província eclesiástica de Madrid. Depois da guarda de honra e da execução dos hinos do Vaticano e da Espanha, o rei espanhol dirigirá ao Papa palavras de boas-vindas, seguindo-se o primeiro discurso de Bento XVI nesta viagem pastoral, por ocasião da JMJ 2011.

Do aeroporto, o Papa seguirá para a sede da nunciatura apostólica, onde almoçará e repousará. Ás 19 horas, o primeira ato oficial, junto à Porta de Alcalá e sucessivamente, às 19.30, na Praça de Cibeles, para o festoso acolhimento da parte dos jovens desta JMJ, saudações de jovens dos diversos continentes e uma breve celebração da Palavra que incluiu naturalmente uma alocução de Bento XVI.

fonte: http://www.radiovaticana.org/por/Articolo.asp?c=513310

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Primeira catequese brasileira na JMJ

Como compreender e viver a fé em comunidade?

Madri, 17 agosto 2011

Hoje pela manha nos participamos da primeira catequese com os bispos brasileiros na paróquia São Domingos Sávio. O tema da catequese “firmes na fé” foi ministrada pelo bispo do Setor Juventude Dom Eduardo Pinheiro da Silva. Na ocasião, o bispo falou da importância dos jovens terem uma pessoa e um projeto que traz sentido de vida: Jesus Cristo. Chamou a atenção da perca de valores como da família e da igreja.
Segundo o bispo, dentro da Europa se vive um laicismo muito forte que gera instabilidade e desorientação. “Combater o relativismo é uma das tarefas do cristão para ter uma fé firme.”
Dom Eduardo expressou aos jovens ainda sobre a importância do testemunho dos jovens para falar de Deus a outros jovens “sem” usar a palavra Deus. “Quando se elimina Deus da vida espiritual e pública, a liberdade acaba se perdendo.” Ele ainda chamou atenção sobre nosso país ao falar que o Brasil apresenta programas católicos em varias emissoras de TV, enquanto que na Espanha muitas emissoras incentivam o esoterismo.
Ao falar de fé, Dom Eduardo pergunta onde e como nós a alimentamos. De acordo com ele, a fé deve ser alimentada através da Igreja e da comunidade católica de forma qualitativa e não no sentido quantitativo no que diz respeito ao relacionamento com Deus. Perguntou ainda como nos utilizamos da fé, como a estamos vivenciando, como é a influencia da fé em nossa vida e nossas experiências mais fortes. Assim, Dom Eduardo instiga os jovens, aprofunda o tema da fé, fazendo com que o próprio jovem descubra em si mesmo a intimidade com Deus pela fé e oração. A fé deve estar inserida em nossa realidade pelas dimensões pessoal, eclesial e social. “A fé é como um sonho. A diferença da fé para o sonho é que ela é real.”         

Unidos em oração, firmes na fé!

*KARLA NERY (jornalista e delegada do Vicariato de POA).
*MAICO PEZZI (seminarista da Arquidiocese de POA).