quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

JMJ e Papa: a razão do sucesso

      Certamente, muitas são as razões do êxito das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJs). Sempre houve os "profetas da derrota" que apostaram contra os eventos. No entanto, seja em Paris, na América do Norte, em Colônia, Sidney ou Madrid, sempre tiveram grande êxito. Não será diferente no Rio de Janeiro em 2013. E por quê? Por que os jovens são tão atraídos pelo Santo Padre (antes pelo Beato João Paulo II e agora por Bento XVI)?


     Uma razão em que não posso deixar de pensar é o fato de o Vigário de Cristo dar ao jovem exatamente o que ele quer: a verdade, um caminho seguro a seguir, a melhor vida possível, em outras palavras, o próprio Senhor Jesus, caminho, verdade e vida! Ao jovem ansioso pela verdade, por saber o que é justo, o que é certo, o que é bom, o Santo Padre não engana com facilidades e conveniências, mas é claro quanto à moralidade dos atos, quanto à impossibilidade de o homem arvorar a si o lugar de Deus, determinando o bem e o mal, mas deve obedecê-lO. É claro igualmente quanto à verdade do amor do Senhor, razão de nossa existência, do pecado, fonte de todo sofrimento, e da Salvação, pela qual podemos ser verdadeiramente felizes e herdar a eternidade.

     Ao jovem que se vê interpelado por tantos caminhos, o Papa oferece "o" Caminho. É seguindo os passos de Jesus que o ser humano não se perde. Aprende a relacionar-se com o Pai, com intimidade e respeito, com uma confiança inquebrantável e o santo temor, dom do Espírito. Não está nem no dinheiro, nem na busca de fama, nem na sensualidade hedonista, nem na ilusão do poder o caminho da felicidade do jovem, mas no seguimento a Cristo que foi casto, pobre e obediente, que acolheu a todos e a todos teve a coragem de proclamar a verdade, anunciando o Reino dos Céus, lugar do verdadeiro bem e do verdadeiro sucesso, e convidando à conversão. Em face do jovem que quer vida em plenitude, o Pontífice convida à vida em plenitude, possível unicamente em Jesus, na santidade, no amor verdadeiro.

     A juventude é sempre sedenta da verdade, de altos ideais, do bem. Por vezes, é enganada, com uma aparência de bons propósitos, como os tantos que mergulharam no sonho totalitário nazista ou comunista e, ainda hoje, por exemplo, entre os que seguem falsas doutrinas, inclusive o próprio satanismo. Mas o bem, a verdade, a saúde física, mental e espiritual, a felicidade real, no fim, estão somente no Senhor Jesus Cristo e na Igreja que fundou e com a qual revestiu da sua própria santidade. É o que o Santo Padre tem apresentado e é, com certeza, o segredo do seu sucesso.

Manoel Guimarães, 

Comunidade Paz & Mel. 

Jovens pela Paz

     O bispo de San Cristobal de las Casas, México, Felipe Arizmendi Esquivel, comenta a mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial da Paz, que incide sobre a educação da juventude para que possam ser construtores de paz e não se deixem seduzir por ambientes violentos.
     Muitos assassinos e sequestradores são jovens. Sem oportunidade de estudo ou trabalho, são recrutados pelo crime organizado, que os obriga a vender drogas, extorquir, matar. Jovens agricultores são levados a cultivar e cuidar de plantações de maconha e outras drogas, das quais não são proprietários. Outros, buscadores de novas sensações, se organizam em gangues ou pequenos grupos para beber, se divertir, vagabundar e viver às custas de seus pais ou do que eles roubam. Alguns se gabam das pichações, nas quais marcam seus territórios, seus sentimentos, suas rejeições sociais, sem respeitar as casas de outras pessoas e nem monumentos históricos.
     Outros emigram e deixam suas comunidades, por necessidade econômica ou por convite de outros que já viveram essa experiência. Perdem a sua cultura, a riqueza da sua língua, seus costumes, sua vivência familiar e comunitária; tornam-se individualistas, interessados principalmente no dinheiro; se prostituem, se contagiam de atitudes e de critérios destrutivos, também de AIDS, que transmitem também ao seu redor. Quando retornam, se sentem estranhos; criticam os mais velhos e os seus compatriotas; contaminam a outros jovens com hábitos imorais; tomam drogas para se sentirem fortes; querem dar a impressão de que são grandes e bem sucedidos só porque usam celulares modernos, brincos, roupas e penteados extravagantes, camisas com sinais em Inglês, música aos berros. Muitos mudam de religião, ou se distanciam completamente de Deus.

CRITÉRIOS
     Na sua mensagem deste ano para o Dia Mundial da Paz, o Papa Bento convida-nos a educar os jovens para serem construtores de justiça e paz, com a ajuda da família, das instituições educacionais, dos responsáveis políticos, da mídia e da Igreja. Convida-nos a "prestar atenção ao mundo juvenil, para saber ouvi-lo e apreciá-lo. É necessário transmitir aos jovens uma apreciação pelo valor positivo da vida, incutindo neles o desejo de gastá-la à serviço do bem. Este é um dever no qual todos estamos empenhados em primeira pessoa. A Igreja olha para os jovens com esperança, confia neles e incentiva-os a buscar a verdade, a defender o bem comum, a ter uma mente aberta sobre o mundo e olhos para ver coisas novas." Ele lhes diz:  “nunca estais sozinhos. A Igreja confia em vós, vos segue, vos anima e vos deseja oferecer o que ela tem de mais valioso: a possibilidade de levantar os olhos para Deus, de encontrar a Jesus Cristo, Aquele que é a justiça e a paz”.
     O que fazer em concreto? O Papa diz: "Para ser verdadeiramente construtores da paz, devemos ser educados na compaixão, na solidariedade, na colaboração, na fraternidade; temos que estar ativos dentro das comunidades e atentos para despertar as consciências sobre as questões nacionais e internacionais, e sobre a importância de buscar formas apropriadas de redistribuição da riqueza, de promoção do crescimento, da cooperação ao  desenvolvimento e da resolução de conflitos. Convido especialmente os jovens, que sempre mantiveram vivos os ideais, a terem a paciência e a perseverança de perseguirem a justiça e a paz, de cultivar o gosto pelo que é certo e verdadeiro, mesmo quando isso possa implicar sacrifício e ir contracorrente. "

PROPOSTAS
     Os jovens precisam ser ouvidos. Dediquemos a eles parte do nosso tempo.
     Os jovens são inquietos. Atendamos-lhes com paciência e serenidade; não queiramos que sejam como adultos; amadurecer é um processo lento, que não pode ser violentado.
     Os jovens são dinâmicos e generosos. Organizemos com eles não só dinâmicas para entretê-los, mas atividades que lhes façam experimentar como é bonito servir a Deus e a comunidade. Por exemplo, propor-lhes uma abordagem criativa da Palavra de Deus e da oração, visitar os doentes, deficientes, campanhas para limpar ruas e estradas, plantio de árvores e proteção de nascentes, workshops de cura psicológica nas relações familiares, etc. Assim, eles vão se educando para serem portadores de justiça, de amor e paz.