quarta-feira, 15 de junho de 2011

As Jornadas e a Cruz

O Papa João Paulo II instituiu a JMJ com o intuito de “fazer a pessoa de Jesus o centro da fé e da vida de cada jovem, para que Ele possa ser seu ponto de referência constante e também a inspiração para cada iniciativa e compromisso para a educação das novas gerações”. Nesse sentido, as Jornadas foram, desde sua primeira edição, a presença viva de Deus no meio da multidão de jovens.
Idealizada a partir de dois encontros que João Paulo II teve em Roma com os jovens em 1984 e 1985 – este último, o Ano da Juventude, de acordo com a Organização das Nações Unidas –, a Jornada Mundial começou a ser celebrada na mesma cidade em 1986 e já no ano seguinte se transformaram num evento internacional, reunindo um milhão de pessoas em Buenos Aires. O recorde de participantes foi alcançado em 1995 em Manila, nas Filipinas: quatro milhões de jovens viveram a grande festa.
Um dos símbolos mais marcantes do vínculo entre o Papa João Paulo II e a juventude é a Cruz dos Jovens, que, até hoje, peregrina de cidade em cidade, de país em país, chamando os jovens para seguir Jesus Cristo. Conhecida como “Cruz do Ano Santo”, “Cruz do Jubileu”, “Cruz da JMJ”, “Cruz Peregrina”, “Cruz dos Jovens”, é um simples cruzeiro de madeira de 3,80 metros. Foi entregue aos jovens em 1984, em Roma, como símbolo da fé.
“Assim se criou aquele grande movimento de jovens atrás da cruz. E foi o Papa a entregá-la, uma cruz para cada jovem e uma cruz para levar pelas estradas do mundo, proclamando o Cristo crucificado, mas também ressuscitado”, lembra o cardeal Dziwisz.
De acordo com o Pontifício Conselho para os Leigos, no início, as pessoas não compreendiam o que ela tinha de especial, mas pouco a pouco, foram se dando conta de que a Cruz estava em missão a desejo do Santo Padre. A Cruz Peregrina já passou por momentos muito significativos, em que mostrou a comunhão do Papa com o mundo; um deles foi sua passagem pela Tchecoslováquia, quando o país ainda estava sob domínio comunista.
Segundo o Conselho, “alguns se perguntam como duas peças de madeira podem ter tanto efeito sobre a vida de uma pessoa; no entanto, onde quer que a Cruz vá, as pessoas pedem que ela possa regressar. Nessa Cruz, se vê presente o amor de Deus. Através desta Cruz, muitos jovens chegam a compreender melhor a Ressurreição e alguns encontram o valor de tomar decisões a respeito de sua vida”.
Na Jornada de Denver, nos Estados Unidos, em 1993, compareceram cerca de 700 mil jovens – quase quatro vezes mais do que o esperado. As multidões atenderam ao chamado do Papa: “Não tenham medo de andar pelas ruas e nos lugares públicos... Não é hora de se envergonhar do Evangelho, mas de proclamá-lo em alta voz!”.
Na Vigília da JMJ de Roma, que aconteceu durante o Jubileu do Ano 2000, João Paulo II chamou os jovens à santidade e revelou a causa da inquietação da juventude: “É Jesus quem suscita em vós o desejo de fazer da vossa vida algo de grande, a vontade de seguir um ideal, a recusa de vos deixardes submergir pela mediocridade, a coragem de vos empenhardes, com humildade e perseverança, no aperfeiçoamento de vós próprios e da sociedade, tornando-a mais humana e fraterna”.

Fonte: http://www.jovensconectados.org.br/noticias/reportagens/336-joao-paulo-ii-bem-aventurado-o-papa-dos-jovens

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