A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude preparou uma série de
subsídios para auxiliar na peregrinação da Cruz e do Ícone da Jornada
Mundial da Juventude (JMJ) pelas dioceses.
Mesmo que a sua diocese já tenha recebido os símbolos da JMJ, vale a
pena dar uma lida nas propostas para ajudar no trabalho de
evangelização da juventude e de transformação social que podem ser
desenvolvidos.
Os dois últimos itens são sugestões de atividades
sociais que podem ser desenvolvidas nas dioceses para auxiliar o
trabalho de formação integral da juventude.
Confira a lista dos subsídios:
1 - Livro da Cruz Peregrina
Neste
material há o conteúdo quase completo do livro da Cruz Peregrina,
incluídas as celebrações de acolhida e envio dos símbolos; cinco
sugestões de encontros celebrativos; além de cânticos e orientações
gerais da peregrinação. (clique aqui para baixar o arquivo)
2 - Itinerário de peregrinação da Cruz e do Ícone
Uma tabela com o itinerário atualizado da peregrinação da Cruz e do Ícone da JMJ (clique aqui para baixar o arquivo)
3 - Banner da Cruz com Encontros Celebrativos
O arquivo possui as imagens dos cinco encontros celebrativos agrupadas em uma cruz (clique aqui para baixar o arquivo)
4 - Projeto Caixa de Ferramentas
O
projeto objetiva, por intermédio de narrativas transmidiáticas, filtrar
todas as informações absorvidas por adolecentes e jovens no decorrer de
seu desenvolvimento e transformá-las em atitudes de cidadania e
responsabilidade, mudando conceitos, comportamentos e valores para com a
família, a sociedade e o meio ambiente. (clique aqui para baixar o arquivo)
5 - Bote Fé na Vida, por um mundo sem drogas
Por
intermédio da peregrinação da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora, em
preparação à JMJ Rio 2013, promover um conjunto de ações culturais e
sociais para sensibilizar a sociedade à causa dos dependentes químicos e
suas interrelações. (clique aqui para baixar o arquivo)
Fonte:
http://www.jovensconectados.com.br/botefe/1285-subsidios-para-preparacao-da-peregrinacao-da-cruz-e-do-icone-da-jmj-
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Subsídios para preparação da peregrinação da Cruz e do Ícone da JMJ
DISCURSO DO PAPA BENTO XVI AOS PRELADOS DA CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (REGIONAL CENTRO OESTE) EM VISITA «AD LIMINA APOSTOLORUM»
Segunda-feira, 15 de Novembro de 2010
Queridos Irmãos Bispos,
Estou feliz por vos
dar as boas-vindas na ocasião da vossa visita ad Limina. Viestes à
cidade onde Pedro, por último, cumpriu a sua missão de evangelização e deu
testemunho de Cristo até à efusão do seu próprio sangue; viestes ver e saudar o
Sucessor de Pedro. Deste modo fortaleceis os fundamentos apostólicos da Igreja
no vosso país e expressais visivelmente a vossa comunhão com todos os demais
membros do Colégio episcopal e com o próprio Pontífice romano (cf. Pastores gregis, 8). Deste teor são
as amáveis palavras que o Senhor Arcebispo de Brasília, Dom João Braz, me
dirigiu em vosso nome e que agradeço, enquanto vos asseguro do meu cordial
afeto e das minhas orações por vós e por todas as pessoas confiadas aos vossos
cuidados pastorais.
Com a visita do
Regional Centro Oeste, se encerra este ciclo de encontros dos Prelados
brasileiros com o Papa que se iniciou há mais de um ano. Por uma feliz
coincidência, na data do discurso que dirigi ao primeiro grupo de Bispos era a vossa
Festa Nacional da Independência, enquanto o último discurso que hoje pronuncio
tem lugar justamente no dia em que se recorda a proclamação da República no
Brasil. Aproveito o fato para sublinhar uma vez mais a importância da ação
evangelizadora da Igreja na construção da identidade brasileira. Como bem
sabeis, a atual sociedade secularizada exige dos cristãos um renovado
testemunho de vida para que o anúncio do Evangelho seja acolhido como aquilo
que é: a Boa Notícia da ação salvífica de Deus que vem ao encontro do homem.
Neste sentido, há
quase 60 anos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil é um ponto de
referência da sociedade brasileira, propondo-se sempre mais e acima de tudo
como um lugar onde se vive a caridade. Com efeito, o primeiro testemunho que se
espera dos anunciadores da Palavra de Deus é o da caridade recíproca: «Nisto
conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo
13, 32). A vossa, como aliás as demais Conferências Episcopais, nasceu como
concreta aplicação do afeto colegial dos Bispos em comunhão hierárquica com o
Sucessor de Pedro, para ser um instrumento de comunhão afetiva e efetiva entre
todos os membros, e de eficaz colaboração com o Pastor de cada Igreja
particular na tríplice função de ensinar, santificar e governar as ovelhas do
próprio rebanho.
Ora, a Conferência
Episcopal apresenta-se como uma das formas, encontradas sob a guia do Espírito
Santo, que consente exercitar conjunta e harmoniosamente algumas funções
pastorais para o bem dos fiéis e de todos os cidadãos dum determinado
território (cf. Código de Direito Canônico, cân. 447). De fato, uma
cooperação sempre mais estreita e concorde com os seus irmãos no ministério
ajuda os Bispos a cumprir melhor o seu mandato (cf. Christus Dominus, 37), sem abdicar
da responsabilidade primeira de apascentar como pastor próprio, ordinário e
imediato sua Igreja particular (cf. Motu próprio Apostolos suos, 10), fazendo-a
ouvir a voz de Jesus Cristo, que “é o mesmo, ontem, hoje e sempre” (Hb
13, 8).
Assim sendo, a
Conferência Episcopal promove a união de esforços e de intenções dos Bispos,
tornando-se um instrumento para que possam compartilhar as suas fatigas; deve,
porém, evitar de colocar-se como uma realidade paralela ou substitutiva do
ministério de cada um dos Bispos, ou seja, não mudando a sua relação com a
respectiva Igreja particular e com o Colégio Episcopal, nem constituindo um
intermediário entre o Bispo e a Sé de Pedro.
Entretanto, no fiel
exercício da função doutrinal que vos corresponde, quando vos reunis nas vossas
Assembléias, queridos Bispos, deveis sobretudo estudar os meios mais eficazes
para fazer chegar oportunamente o magistério universal ao povo que vos foi
confiado. Essa função doutrinal será desempenhada nos termos indicados por meu
venerado predecessor, o Papa João Paulo II, no Motu Próprio “Apostolos suos”, também ao abordar
as novas questões emergentes, para depois poder orientar a consciência dos
homens para encontrarem a reta solução para os novos problemas suscitados pelas
transformações sociais e culturais.
De modo especial,
alguns temas recomendam hoje uma ação conjunta dos Bispos: a promoção e a
tutela da fé e da moral, a tradução dos livros litúrgicos, a promoção e
formação das vocações de especial consagração, elaboração de subsídios para a
catequese, o compromisso ecumênico, as relações com as autoridades civis, a
defesa da vida humana, desde a concepção até a morte natural, a santidade da
família e do matrimônio entre homem e mulher, o direito dos pais a educar seus
filhos, a liberdade religiosa, os outros direitos humanos, a paz e a justiça
social.
Ao mesmo tempo, é
necessário lembrar que os assessores e as estruturas da Conferência Episcopal
existem para o serviço aos Bispos, não para substituí-los. Trata-se, em
definitiva, de buscar que a Conferência Episcopal, com seus organismos,
funcione sempre mais como órgão propulsor da solicitude pastoral dos Bispos,
cuja preocupação primária deve ser a salvação das almas, que é, aliás, a missão
fundamental da Igreja.
Queridos irmãos, no
final do nosso encontro, gostaria de vos convidar a olhar para o futuro com os
olhos de Cristo, depondo n’Ele a vossa esperança, pois «a esperança não
decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo
Espírito Santo que nos foi dado» (Rm 5,5). Reiterando o meu profundo
afeto pelo povo brasileiro, confio o Brasil à intercessão materna da Virgem
Maria, Nossa Senhora Aparecida, modelo de todos os discípulos: Ela vos conduza
pelos caminhos de seu Filho. E, lembrando cada um dos Prelados brasileiros que,
durante estes últimos catorze meses, passaram por aqui em visita ad Limina
e também aqueles que não puderam vir por problemas de saúde, de todo o coração
concedo-vos, assim como aos sacerdotes, aos religiosos, às religiosas, aos
catequistas e a todos os vossos diocesanos, a Bênção Apostólica.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
DISCURSO DO PAPA BENTO XVI AOS PRELADOS DA CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (REGIONAL SUL II) EM VISITA «AD LIMINA APOSTOLORUM»
Quinta-feira, 5 de Novembro de 2010
Venerados Irmãos no
Episcopado,
«O Deus da esperança
vos encha de toda a alegria e paz em vossa vida de fé, para que abundeis na
esperança pelo poder do Espírito Santo» (Rm 15, 13) a fim de guiar o
vosso povo à plenitude da salvação em Cristo. De coração saúdo a todos e cada
um de vós, amados Pastores do Regional Sul 2 em Visita ad limina Apostolorum,
e agradeço as palavras que me dirigiu o vosso Presidente, Dom Moacyr,
fazendo-se intérprete dos sentimentos de comunhão que vos unem ao Sucessor de
Pedro. Por isso vos estou grato. Esta casa é também a vossa: sede bem-vindos!
Nela podeis experimentar a universalidade da Igreja de Cristo que se estende
até aos extremos confins da terra.
Por sua vez, cada
uma das vossas Igrejas particulares, queridos Bispos, é o generoso ponto de
chegada de uma missão universal, o aflorar «aqui e agora» da Igreja universal.
Neste caso, a justa relação entre «universal» e «particular» verifica-se não
quando o universal retrocede diante do particular, mas quando o particular se
abre ao universal e se deixa atrair e valorizar por ele. Na idéia divina, a
Igreja é uma só: o Corpo de Cristo, a Esposa do Cordeiro, a Jerusalém do Alto,
esta Cidade definitiva que seria o objetivo mais profundo da criação querida
como o lugar onde se realiza a vontade de Deus e a terra se torna céu.
Recordo-vos estes princípios, não porque os ignoreis, mas porque nos ajudam a
bem situar as pessoas consagradas na Igreja. Com efeito, nesta, a unidade e a
pluralidade não só não se opõem mas enriquecem-se reciprocamente na medida em
que procuram a edificação do único Corpo de Cristo, a Igreja, por meio do «amor
que une a todos na perfeição» (Cl 3, 14).
Porção eleita do
Povo de Deus, os consagrados e consagradas lembram hoje «uma planta com muitos
ramos, que assenta as suas raízes no Evangelho e produz abundantes frutos em
cada estação da Igreja» (Exort. ap. Vita consecrata, 5). Sendo a
caridade o primeiro fruto do Espírito (cf. Gl 5, 22) e o maior de todos
os carismas (cf. 1 Cor 12, 31), a comunidade religiosa enriquece a
Igreja de que é parte viva, antes de tudo com o seu amor: ama a sua Igreja
particular, enriquece-a com seus carismas e abre-a a uma dimensão mais
universal. As delicadas relações entre as exigências pastorais da Igreja particular
e a especificidade carismática da comunidade religiosa foram tratadas pelo
documento Mutuae relationes, do qual está longe
tanto a idéia de isolamento e de independência da comunidade religiosa em
relação à Igreja particular, como a da sua prática absorção no âmbito da Igreja
particular. «Como a comunidade religiosa não pode agir independentemente ou
como alternativa ou, menos ainda, contra as diretrizes e a pastoral da Igreja
particular, assim a Igreja particular não pode dispor a seu bel-prazer, segundo
as suas necessidades, da comunidade religiosa ou de alguns dos seus membros»
(Doc. Vida fraterna em comunidade, 60).
Perante a diminuição
dos membros em muitos Institutos e o seu envelhecimento, evidente em algumas
partes do mundo, muitos se interrogam se a vida consagrada seja ainda hoje uma
proposta capaz de atrair os jovens e as jovens. Bem sabemos, queridos Bispos,
que as várias Famílias religiosas desde a vida monástica até às congregações
religiosas e sociedades de vida apostólica, desde os institutos seculares até
às novas formas de consagração tiveram a sua origem na história, mas a vida
consagrada como tal teve origem com o próprio Senhor que escolheu para Si esta
forma de vida virgem, pobre e obediente. Por isso a vida consagrada nunca
poderá faltar nem morrer na Igreja: foi querida pelo próprio Jesus como parcela
irremovível da sua Igreja. Daqui o apelo ao compromisso geral na pastoral
vocacional: se a vida consagrada é um bem de toda a Igreja, algo que interessa
a todos, também a pastoral que visa promover as vocações à vida consagrada deve
ser um empenho sentido por todos: Bispos, sacerdotes, consagrados e leigos.
Entretanto, como
afirma o decreto conciliar Perfectae caritatis, «a conveniente
renovação dos Institutos depende sobretudo da formação dos membros» (n. 18).
Trata-se de uma afirmação fundamental para toda a forma de vida consagrada. A
capacidade formativa de um Instituto, quer na sua fase inicial quer nas fases
sucessivas, está no centro de todo o processo de renovação. «De fato, se a vida
consagrada é, em si mesma, uma progressiva assimilação dos sentimentos de
Cristo, resulta evidente que um tal caminho terá de durar a vida inteira para
permear toda a pessoa (...) e torná-la semelhante ao Filho que Se entrega ao Pai
pela humanidade. Assim entendida, a formação já não é apenas um tempo
pedagógico de preparação para os votos, mas representa um modo teológico de
pensar a própria vida consagrada, que em si mesma é uma formação jamais
terminada, uma participação na ação do Pai que, através do Espírito plasma no
coração os sentimentos do Filho» (Instr. Partir de Cristo, 15).
Pelo modo que
considerardes mais oportuno, venerados Irmãos, fazei chegar às vossas
comunidades de consagrados e consagradas, independentemente do serviço
claustral ou apostólico que estão desempenhando, a viva gratidão do Papa que de
todas e todos se recorda nas suas orações, lembrando em especial os idosos e
doentes, quantos atravessam momentos de crise e de solidão, quem sofre e se
sente confuso e também os jovens e as jovens que hoje batem à porta das suas
Casas e pedem para se entregar a Jesus Cristo na radicalidade do Evangelho.
Agora, invocando o celeste patrocínio de Maria, modelo perfeito de consagração
a Cristo, confirmo-vos mais uma vez a minha estima fraterna e concedo-vos,
extensiva a todos os fiéis confiados aos vossos cuidados pastorais, uma
propiciadora Bênção Apostólica.
DISCURSO DO PAPA BENTO XVI AOS PRELADOS DA CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (REGIONAL NORDESTE V) EM VISITA «AD LIMINA APOSTOLORUM»
Quinta-feira, 28 de Outubro de 2010
Amados Irmãos no Episcopado,
«Para vós, graça e paz da parte de Deus,
nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo» (2 Cor1, 2). Desejo antes de mais
nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que
cresce no Regional Nordeste 5. Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos
problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que
deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem
também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação
que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo.
Como sabeis, nos sucessivos encontros com os
diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho
sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço
evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de
falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade
humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a
sua vocação à união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da
justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina.
Entretanto, o dever imediato de trabalhar
por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos
livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da
vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural
(cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever
como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir
para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a
construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos
fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o
grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. Gaudium et spes, 76).
Ao formular esses juízos, os pastores devem
levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que
declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação
intrinsecamente má e incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não
pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, conseqüência ou
circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos
direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a
enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural
(cf. Christifideles laici, 38). Além disso no
quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais
inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando
os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do
aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal
quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado
nas suas bases (cf. Evangelium vitæ, 74). Portanto,
caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e
a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos
conformem com a mentalidade deste mundo» (ibidem,82).
Além disso, para melhor ajudar os leigos a
viverem o seu empenho cristão e sócio-político de um modo unitário e coerente,
é «necessária — como vos disse em Aparecida — uma catequese social e uma
adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o
"Compêndio da Doutrina Social da Igreja"» (Discurso inaugural da V Conferência Geral do
Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 3). Isto significa
também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os
cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto
para a promoção do bem comum (cf. Gaudium et spes 75).
Neste ponto, política e fé se tocam. A fé
tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre
novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. «Com efeito, sem a
correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de
ambigüidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada
de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da
pessoa humana» (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as
autoridades civis, 17 de setembro de
2010).
Só respeitando, promovendo e ensinando
incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade
pode ser construída. Assim, Deus deve «encontrar lugar também na esfera
pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e
particularmente política» (Caritas in veritate, 56). Por isso,
amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação
religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na
escola pública do Estado.
Queria ainda recordar que a presença de
símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da
transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor
particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da
sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os
braços estendidos sobre a baía da Guanabara que representa a hospitalidade e o
amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres
perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo? Foi nessa presença de
Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade,
contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao
espírito de solidariedade e liberdade.
Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa,
invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da
Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em
defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as
alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens e mulheres da
província eclesiástica do Maranhão. A todos coloco sob a Sua materna proteção,
e a vós e ao vosso povo concedo a minha Benção Apostólica.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Veja como foi a estreia do programa Jovens Conectados na Canção Nova!
Estreou nesta quarta-feira o programa Jovens Conectados na TV Canção
Nova. Produzido em parceria entre a maior emissora católica do Brasil e a
equipe nacional de comunicação da Comissão Episcopal Pastoral para a
Juventude, da CNBB.
O programa semanal será exibido sempre às quartas-feiras às 18h53, logo antes do Jornal da Canção Nova.
Confira aqui o programa de estreia:
Fonte:
http://www.jovensconectados.com.br/noticias/noticiasdestaques/1272-veja-como-foi-a-estreia-do-programa-jovens-conectados-na-cancao-nova
O programa semanal será exibido sempre às quartas-feiras às 18h53, logo antes do Jornal da Canção Nova.
Confira aqui o programa de estreia:
Fonte:
http://www.jovensconectados.com.br/noticias/noticiasdestaques/1272-veja-como-foi-a-estreia-do-programa-jovens-conectados-na-cancao-nova
Jovens Conectados estreia programa na TV Canção Nova
Depois do site e das redes sociais, é a vez da televisão. A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, da CNBB, vai estrear nesta quarta-feira, dia 15, o programa Jovens Conectados na TV Canção Nova. O programa irá ao ar toda quarta-feira às 18h53, logo antes do Jornal da Canção Nova, e será reprisado em outros horários. Não perca!
Além do testemunho de jovens, haverá a participação de sacerdotes, religiosos e artistas do meio católico. Produzido por jovens da equipe nacional de comunicação da Comissão para a Juventude, a ideia é chegar a mais emissoras católicas e, em breve, às rádios.
Os primeiros programas estarão focados na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que ocorrerá no Rio de Janeiro em julho de 2013, e na peregrinação da Cruz dos Jovens e do Ícone de Nossa Senhora, Símbolos da JMJ.
A Comissão para a Juventude é presidida por Dom Eduardo Pinheiro da Silva, bispo auxiliar de Campo Grande. Fazem parte dela, também, Dom Vilsom Basso e Dom Bernardino Marchió, além de dois assessores nacionais, Padre Carlos Sávio Ribeiro e Padre Antônio Ramos Prado. Além disso, a Comissão é auxiliada pelos 17 bispos referenciais da juventude nos Regionais da CNBB, por uma Coordenação Nacional de jovens, por várias equipes dedicadas à Evangelização da juventude e, ocasionalmente, por assessores e peritos convidados.
Fonte:
http://www.jovensconectados.com.br/noticias/noticiasdestaques/1257-jovens-conectados-estreia-programa-na-tv-cancao-nova
DISCURSO DO PAPA BENTO XVI AOS PRELADOS DA CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (REGIONAL NORTE 1-NOROESTE) EM VISITA «AD LIMINA APOSTOLORUM»
Segunda-feira, 4 de Outubro de 2010
Caros Irmãos no Episcopado
É com muita satisfação que vos dou as
boas-vindas, Pastores dos Regionais Norte 1 e Noroeste da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil, por ocasião da vossa visita ad Limina Apostolorum.
Agradeço a Dom Moacyr Grechi pelas suas amáveis palavras e pelos sentimentos
expressos em vosso nome, ao mesmo tempo em que asseguro que vos tenho presente
diariamente nas minhas orações, pedindo ao Céu que sustente e torne fecundos os
esforços que fazeis – muitas vezes carecendo de meios adequados – para levar a
Boa Nova de Jesus a todos os cantos da floresta amazônica, conscientes de que
“Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade”
(1 Tim 2,4).
Deus pode realizar esta salvação por vias
extraordinárias que somente Ele conhece. Entretanto, se o seu Filho veio, foi
precisamente para nos revelar, pela sua palavra e pela sua vida, os caminhos
ordinários da salvação; e Ele mandou-nos transmitir aos outros essa revelação,
com a sua própria autoridade. Sendo assim, não podemos furtar-nos a este
pensamento: os homens poderão salvar-se por outras vias, graças à misericórdia
de Deus, se não lhes anunciar o Evangelho; mas poderei eu salvar-me se por
negligência, medo, vergonha ou por seguir idéias falsas, deixar de o anunciar?
Por vezes deparamos com esta objeção: impor
uma verdade, ainda que seja a verdade do Evangelho, impor uma via, ainda que
seja a salvação, não pode ser senão uma violência à liberdade religiosa.
Apraz-me transcrever a reposta pertinente e elucidativa que lhe deu o Papa Paulo VI: “É claro que seria certamente um
erro impor qualquer coisa à consciência dos nossos irmãos. Mas propor a essa
consciência a verdade evangélica e a salvação em Jesus Cristo, com absoluta
clareza e com todo o respeito pelas opções livres que essa consciência fará – e
isso, sem pressões coercitivas, sem persuasões desonestas e sem aliciá-la com
estímulos menos retos – longe de ser um atentado à liberdade religiosa, é uma homenagem
a essa liberdade, à qual é proporcionado o escolher uma via que mesmo os não
crentes reputam nobre e exaltante. (…) Esta maneira respeitosa de propor Cristo
e o seu Reino, mais do que um direito, é um dever do evangelizador. E é também
um direito dos homens seus irmãos receber dele o anúncio da Boa Nova da
salvação” (Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 80).
“Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!”
(1 Co 9,16) exclamava o Apóstolo das gentes. O desejo de anunciar o Evangelho
nasce de um coração enamorado por Jesus, que anela ardentemente que mais
pessoas possam receber o convite e participar no banquete das Bodas do Filho de
Deus (cf. Mt 22,8-10). De fato, a missão é o desbordar da chama de amor
que se inflama no coração do ser humano, que, ao abrir-se à verdade do
Evangelho e deixar-se transformar por ela, passa a viver a sua vida – como
dizia São Paulo – “na fé do Filho de Deus que me amou e se entregou por mim” (Gal
2,20). Conseqüentemente, o chamado à missão não é algo destinado exclusivamente
a um restrito grupo de membros da Igreja, mas um imperativo dirigido a cada
batizado, um elemento essencial da sua vocação. Como afirmou o Concílio Vaticano II: a “vocação cristã
é, por sua própria natureza, vocação ao apostolado” (Decr. Apostolicam actuositatem, 2). Neste sentido,
um dos compromissos centrais da V Conferência do Episcopado Latino-Americano e
Caribenho, que tive a alegria de iniciar em Aparecida, em 2007, foi o de despertar
nos cristãos a consciência de discípulos e missionários, resgatando a dimensão
missionária da Igreja ao convocar uma “Missão Continental”.
Ao pensar nos desafios que esta proposta de
renovação missionária supõe para vós, Prelados brasileiros, vem-me a mente a
figura do Beato José de Anchieta. Com efeito a sua incansável e generosíssima
atividade apostólica, não isenta de graves perigos, que fez com que a Palavra
de Deus se propagasse tanto entre os índios quanto entre os portugueses – razão
pela qual desde o momento de sua morte recebeu o epíteto de Apóstolo do Brasil
– pode servir de modelo para ajudar as vossas Igrejas particulares a encontrar
os caminhos para empreender a formação dos discípulos missionários no espírito
da Conferência de Aparecida (cf. Documento de Aparecida, 275).
Contudo, os desafios do contexto atual
poderiam conduzir a uma visão reducionista do conceito de missão. Esta não pode
ser limitada a uma simples busca de novas técnicas e formas que tornem a Igreja
mais atrativa e capaz de vencer a concorrência com outros grupos religiosos ou
com ideologias relativistas. A Igreja não trabalha para si: está ao serviço de
Jesus Cristo; existe para fazer que a Boa Nova seja acessível para todas as
pessoas. A Igreja é católica justamente porque convida todo o ser humano a
experimentar a nova existência em Cristo. A missão, portanto, nada mais é que a
conseqüência natural da própria essência da Igreja, um serviço do ministério da
união que Cristo quis operar no seu corpo crucificado.
Isso deve levar a refletir que o
esmorecimento do espírito missionário talvez não se deva tanto a limitações e
carências nas formas externas da ação missionária tradicional quanto ao
esquecimento de que a missão deve alimentar-se de um núcleo mais profundo. Esse
núcleo é a Eucaristia. Esta, como presença do amor humano-divino de Jesus
Cristo, supõe continuamente o passo de Jesus aos homens que serão seus membros,
que serão eles mesmos Eucaristia. Em suma, para que a Missão Continental seja
realmente eficaz, esta deve partir da Eucaristia e conduzir para a Eucaristia.
Amados irmãos, ao retornardes às vossas
dioceses e prelazias, peço-vos que transmitais aos vossos sacerdotes,
religiosos, religiosas, seminaristas, catequistas e fiéis, a saudação afetuosa
do Papa, que em todos pensa e por todos ora com grande afeto e firme esperança.
À intercessão do Beato José de Anchieta, que encontrava no Sacrário o segredo
da sua eficácia apostólica, confio as vossas pessoas, as vossas intenções e
propósitos pastorais, para que o nome de Cristo esteja sempre presente no
coração e nos lábios de cada brasileiro. Com estes sentimentos vos acompanham a
minha prece e a minha Bênção Apostólica.
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fevereiro
(19)
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